Durão Barroso preside a partir de hoje à Aliança Global para as Vacinas.
"Há aqui um problema fundamental que a GAVI está a tentar resolver, que é garantir que todos os que queiram possam ter acesso à vacina, que seja equitativa, que não seja só para os países ricos", referiu apontando que "há uma questão humanitária, mas também de interesse, em conseguir que as vacinas tenham uma difusão tão ampla quanto possível”.
"A organização reúne governos tanto de países em desenvolvimento como de doadores, a Organização Mundial da Saúde, a UNICEF, o Banco Mundial, a indústria de vacinas, agências técnicas, a sociedade civil, a Fundação Bill & Melinda Gates e outros parceiros do setor privado.
A GAVI tem também um papel central na conceção da iniciativa COVAX, liderada pela Organização Mundial da Saúde, que visa assegurar o acesso global e equitativo às vacinas contra a covid-19."
Portugal vai contribuir, pela primeira vez, para a Gavi, a Aliança das Vacinas, com 100 mil euros, anunciou a ministra da Saúde, Marta Temido, durante uma intervenção numa cimeira global de angariação de fundos organizada pelo Reino Unido.
“A atual pandemia recorda-nos de como as vacinas são cruciais. Contamos com a Gavi para a distribuição de uma futura vacina para a Covid-19, para que seja acessível a todos e possa constituir um bem público internacional para a saúde. Portugal tem vindo a fortalecer relações com a Gavi e, pela primeira vez, vamos contribuir financeiramente para a Aliança”, avançou.
"A Aliança Gavi, anteriormente Aliança Global para as Vacinas e a Imunização, com sede na Suíça, define-se nos seus estatutos como "uma fundação independente sem fins lucrativos" que atua como "uma parceria público-privada internacional inovadora", reunindo "governos, organismos das Nações Unidas, fabricantes de vacinas, fundações, organizações não governamentais e institutos de pesquisa".
(…)
"De acordo com o seu portal na Internet, a dificuldade de acesso a vacinas nos países em desenvolvimento no final da década de 1990 levou a Fundação Bill & Melinda Gates e um grupo de sócios fundadores a criar esta organização."
A Aliança Global para Vacinas e Imunização (GAVI), iniciativa público-privada que realizou uma grande reunião de financiamento em Londres, Reino Unido, esta semana (13 de junho), arrecadando US $ 4,3 biliões, está sob pressão pela forma como gasta seus dinheiro.
“O modelo GAVI depende de dar cada vez mais dinheiro, ano após ano, para levar vacinas aos países pobres de forma que não sejam autossustentáveis e a preços inacessíveis”, diz Donald Light, professor da Universidade de Princeton, Estados Unidos .
As decisões da GAVI são distorcidas pelas empresas farmacêuticas que fazem parte de seu conselho, a organização não governamental Médecins Sans Frontières e a instituição de caridade de desenvolvimento Oxfam, disse ao The Guardian.
Enquanto isso, a agência de ajuda Merlin diz que a aliança está a falhar em alcançar as crianças mais pobres em estados frágeis. Esses estados carecem de clínicas, equipes de vacinação e dinheiro para pagar a pequena taxa de copagamento que a GAVI exige.
"Sistemas de saúde fracos não são justificativa para a inércia", disse Linda Doull, diretora de saúde e políticas da Merlin. "Cinquenta por cento das crianças que morrem vivem em algumas das áreas mais isoladas de países já vulneráveis. A sobrevivência delas não é tão importante quanto a de qualquer outra criança?"
Outros alertam que não há um debate aberto sobre a eficácia a longo prazo de algumas das vacinas que a aliança fornece. Por exemplo, as evidências de alguns estudos mostram que as vacinas pneumocócicas não têm uma vida útil longa, pois o pequeno número de cepas que elas visam (até 13) são rapidamente substituídas por algumas das outras 80 cepas causadoras de doenças.
Kim Mulholland, professor de saúde infantil e vacinologia na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres do Reino Unido, diz: "Quero ver todas as crianças do mundo vacinadas contra a doença pneumocócica, mas quero a vacina apropriada, programada adequadamente e, se há problemas com a eficácia das vacinas, a gente toma medidas para corrigir isso.
Entretanto as farmacêuticas mostram a sua falta de escrúpulos na gestão das vacinas.
“A União Europeia, e insistiu que aempresa farmacêutica tem “obrigações morais, sociais e contratuais”que não pode deixar de respeitar.“Estamos numa pandemia e há pessoas a morrer todos os dias”, lembrou.”Pascal Soriot (CEO da AstraZeneca), esclareceu que o contrato feito com a União Europeia (UE) não refere nenhuma obrigação no número especifico de doses a entregar nos prazos estabelecidos. O que está lá escrito é que a empresa se compromete a fazer os “melhores esforços” para cumprir a encomenda, afirmou o responsável.
Fonte: Público, 28 jan, 2021
"Todas as pessoas em risco de todos os países têm de ter acesso às vacinas — não as pessoas todas em alguns países."
Tedros Adhanom Ghebreyesus (director da OMS)
"Em Portugal, os media fixaram-se muito nalgumas (Reino Unido, Índia e África do Sul), considerando-as mais contagiantes e suscetíveis de originarem doença graves, com mortalidade elevada. Fica a dúvida se esta vaga informativa não estaria a criar condições de inflacionar a administração de vacinas, para rentabilizar o negócio em curso.
Este argumento esgotou-se! Se o objetivo consistia em preparar o terreno para vendas excessivas, surgiu outro pretexto mais apelativo para o fazer: a vacinação conferia uma imunidade humoral pouco duradoura, sobretudo na população idosa, quando já havia estudos que demonstravam o contrário: mais de 90% dos vacinados têm níveis de anticorpos elevados, duradouros e os idosos respondem bastante bem ao estímulo vacinal.
Torna-se evidente que as Farmacêuticas tentam encontrar o mote para rentabilizar o investimento que fizeram. É o lado perverso deste processo, com a prioridade aos negócios a sobrepor-se à defesa da saúde pública. Seria de esperar que esta guerra se tornasse mais agressiva, quando aparecessem no mercado players a apresentar medicamentos curativos e profiláticos da covid-19.
A OMS começou por desaconselhar a terceira dose de vacina. Mas, nos últimos dias começou a ceder um pouco, admitindo-a em pessoas imunocomprometidas.
Por cá, tivemos médicos com cargos institucionais a defender a terceira administração, sem apresentarem argumentos científicos válidos. Alguns têm ligações aos Laboratórios produtores de vacinas (o conflito de interesses foi acautelado?).
A comunicação social insiste em criar um ambiente propício ao consumismo, noticiando casos de reinfeções em vacinados, sem sublinharem que, nestas situações, a doença é menos grave; salientam ainda que as mortes acontecem em pessoas com idade superior a 80 anos, como se isso não fosse previsível.
Curiosamente, os utentes dos Lares, tão esquecidos na primeira vaga da pandemia, são agora instituídos como alvo prioritário para o reforço."
FONTE: Por Álvaro Carvalho - Médico, Coordenador de estudos serológicos da Ordem dos Médicos, 26. DE OUT. 2021
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